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Política
A organização política do Império Bizantino está caracterizada pela Monarquia hereditária, teocrática e cesaropapista. O governo é extremamente centralizador e intervencionista. Há um controle rígido do Imperador sobre a Igreja, exército, corte, administração, sistema fiscal e econômico. Seu centro político era Constantinopla, pois comandava uma vasta região e muitos povos. Vejamos com mais detalhes a vida politica dos Bizâncios.
Em 457 tem o início a Dinastia Leonina. Entretanto, em 527, o Império de Justiniano é que mais vai se destacar, pois é com ele que o Império Bizantino viverá seus melhores dias. Para ter uma melhor governabilidade aprimorou as leis do Império Bizantino e assim surgiu o Corpus Júris Civilis, que era marcado por:
•Código Justiniano – Conjunto de todas as Leis.
•Digesto ou Pandecta – Comentários, opiniões dos juristas romanos.
•Institutas – Resumo de todas as leis para estudantes
•Novelas ou Autênticas – Novas Leis.
Os objetivos de Justiniano eram:
• Unir o Oriente com o Ocidente por meio da Religião, para tanto se fazia necessário vencer e superar as diferenças doutrinárias e acabar com o paganismo.
•Buscar um desenvolvimento arquitetônico e cultural.
•Para tanto se fazia necessário o aumento de impostos.
Com a morte de Justiniano inicia-se a lenta decadência do Império. Isto porque os sucessores não conseguiram manter o esplendor que Justiano teve outrora. O Império também começou a enfraquecer com ataques externos.
Economia
A Economia teve um importante papel na salvação do Império Bizantino, pois este só sobreviveu devido a intensa prática de comercio marítimo em que os Bizancios estavam relacionados. Somada a atração de muitas riquezas do Ocidente durante o apogeu da crise do império Romano e melhores condições para enfrentar a Invasões Bárbaras.
O comércio era fonte de renda do império. Sua posição estratégica entre Ásia e Europa serviu de impulso para esse desenvolvimento comercial, uma vez que se localizava na passagem do Mar Negro para o Mar Mediterrâneo (Estreito de Bósforo). Baseada na agricultura e comércio, com a existência de corporações, associações (moeda SOLIDUS).
A forte intervenção do Estado na economia é um ponto a se destacar. O Estado fiscalizava as atividades econômicas por supervisionar a qualidade e a quantidade das mercadorias. Entre estes estavam: perfumes, seda, porcelana e peças de vidro. Além das empresas dos setores de pesca, metalurgia, armamento e tecelagem.
Cultura
A cultura Bizantina está totalmente relacionada com o cristianismo, religião oficial e obrigatório em todo território. Sua influência estava presnete em todos os setores sociais. A Igreja era tão importante para esse sociedade que o históriador Steven Runciman chegou afirmar que: “A atenção principal do bizantino esrava dirigida para as questões e os detalhes religiosos que lhe poderiam abrir ou fechar as portas do Céu”. Isto que dizer que para os bizantinos a vida neste tinha pouca imporntância o interessante era o reino dos céus.
Em todos os lugares da capital do império, Constantinopla, havia pessoas que estavam envolvidas em discussões teológicas e detalhes religiosos. Podemos destacar duas discussões mais evidentes:
•Monofisismo: estes negavam a natureza terrestre de Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a natureza divina, espiritual. Esse movimento teve início no século V com auge no reinado de Justiniano.
•Iconoclastia: para estes a ordem era a destruição das imagens de santos, e a proibição do uso delas
Não podemos deixar de destacar a construção imponente e bela da Igreja de Santa Sófia,
Sociedade
A sociedade do Império Bizantino é marcada por ser uma sociedade rigidamente hierarquizada e aristocrática. Vejamos os grupos sociais presentes no Império Bizantino:
•Elite – composta por grandes comerciantes, donos de oficinas manufatureiras, banqueiros, alto clero e funcionários destacados.
•Classe remediada – formada por artesãos, pequenos comerciantes.
•Trabalhadores pobres – Era a maioria da população, composta dos trabalhadores das manufaturas, os servos dos latifúndios e os escravos
Religião
No Império Romano do Oriente, a autoridade temporal (isto é, política), exercida pelo imperador, sobrepunha-se à autoridade espiritual (isto é, religiosa) do patriarca de Constantinopla, o que resultava na submissão da Igreja ao Estado (cesaropapismo).
O Império Bizantino teve uma efervescente vida religiosa, em que as disputas doutrinárias eventualmente chegavam ao extremo da guerra civil. Justiniano defendeu de forma irredutível a ortodoxia cristã, combatendo com firmeza as duas heresias que lhe foram contemporâneas: no Ocidente, o Arianismo; no Oriente, o Monofisismo (este último apoiado pela própria imperatriz Teodora, esposa de Justiniano). Ambas heresias negavam a existência em Cristo de uma dupla natureza — divina e humana.
A imperatriz Teodora, que exerceu grande influência no governo de seu esposo, Justiniano.
No século VIII, irrompeu em Constantinopla o movimento iconoclasta. Seu inspirador foi o imperador Leão III, que proibiu o culto das imagens e ordenou que elas fossem destruídas. Os defensores do culto sofreram violentas perseguições, mas as imagens acabaram sendo reentronizadas nas igrejas.
Com o passar do tempo, tomou-se cada vez mais difícil ao papa (bispo de Roma) impor sua autoridade sobre a Igreja do Oriente. A crise atingiu o clímax em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, com o apoio do imperador bizantino, recusou-se oficialmente a continuar acatando a autoridade papal. Essa ruptura, conhecida como Cisma do Oriente, deu origem à Igreja Católica Ortodoxa, cuja doutrina é basicamente idêntica à da Igreja Católica Romana, embora haja diferenças no ritual e na organização eclesiástica.
Arte
A arte Bizantina teve seu centro de difusão a partir da cidade de Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, e desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria.
A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio procuraram fazer com que a religião tivesse um importante papel como difusor didático da fé ao mesmo tempo que serviria para demonstrar a grandeza do Imperador que mantinha seu caráter sagrado e governava em nome de Deus.
A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente destacasse aspectos de outras religiões, isso explica o desenvolvimento de rituais, cânticos e basílicas.
O apogeu da cultura bizantina ocorreu durante o reinado de Justiniano ( 526-565 d.C. ), considerada como a Idade de Ouro do império.